Espanha em recessão, toma rédeas da Europa























A União Europeia (UE) do século XXI arrancou ontem com novo motor e um piloto de provas desnorteado pelos problemas internos. Caberá à Espanha, um país mergulhado no desemprego e na recessão, a difícil tarefa de conduzir a retoma económica dos 27 e desenvolver o quadro institucional previsto no Tratado de Lisboa.
A nova estrutura europeia diminui o protagonismo das presidências rotativas, mas o governo de José Luis Rodríguez Zapatero deverá lidar com problemas acrescidos. Em primeiro lugar, a incerteza institucional: a Comissão Europeia continuará em funções pelo menos até Fevereiro, ou mais tarde se algum comissário for rejeitado pelo Parlamento Europeu (PE). Por outro lado, o novo PE com poderes reforçados tentará reduzir o peso da Comissão e do Conselho, aumentando a rivalidade entre os diferentes órgãos da UE.
Espanha também deverá lançar o novo serviço europeu de acção externa, uma das principais novidades do Tratado. Mas o problema mais imediato que vai enfrentar não tem nada de novo: uma greve dos funcionários comunitários.
"O Conselho cortou, de maneira ilegal, o aumento salarial previsto, de 4% para 1%", explica ao i um funcionário espanhol em Bruxelas. "Por enquanto não se fala disto, mas vai dar muito que falar. O ano vai começar com uma greve", garante.
Os funcionários da UE marcaram uma assembleia-geral para a próxima quinta-feira. A greve pode atrasar ainda mais o trabalho da presidência espanhola, que curiosamente defendia o aumento previsto.
Madrid mantém como prioridade a aprovação da estratégia económica para 2020, o plano que deverá substituir a fracassada Estratégia de Lisboa. Pretende ainda introduzir mecanismos "vinculativos" que corrijam as deficiências da última década e penalizem os estados-membros que não cumpram os objectivos marcados pela futura "Estratégia UE 2020".
O MNE espanhol, Miguel Ángel Moratinos, assumiu que será uma "presidencia de transição" e prometeu "modéstia e discrição" para não eclipsar as funções dos novos rostos da UE: o presidente estável do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e a chefe da dilpomacia, Catherine Ashton.

Fonte: Ionline

Deixo a questão a pairar no ar, terá sido a Espanha, envolvida em tamanha recessão, economicamente e socialmente debilitada, a escolha mais acertada para a condução da economia Europeia a uma bonança desejada?


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